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Madeira - Caminho do equilíbrio e saúde mental

Sou Eduardo Casa Grande, 58 anos, casado, três filhos adultos, capixaba. Sou hobbista em atividades com madeira, produtor e divulgador de conteúdo dessas atividades, nas mídias sociais, há 11 anos.


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Sou neto de Alberto Rizzi, meu saudoso avô materno. Ele foi madeireiro, carpinteiro e marceneiro. Meu grande inspirador para atuar neste ofício.


E lá se vão 34 anos, fabricando, construindo, criando peças com madeira. Comecei fazendo uma caixa, sem tampa, para guardar remédios, usando uma serrinha de arco, um pequeno martelo, e pregos. No começo, peças pequenas. Uma prateleira aqui, um banquinho acolá, alguns suportes para plantas, pequenas caixas de guardar coisas. Aos poucos, os desafios foram aumentando. Depois me arrisquei a mobiliar cômodos inteiros: camas, mesas, estantes e armários maiores.


A marchetaria entrou na minha vida como uma paixão à primeira vista. Trabalhar com lâminas orgânicas de madeira, encaixando cores e formas como num quebra-cabeça artístico, é uma meditação muito eficaz para mim. Nem lembro quantas peças fiz com esta técnica, mas sei que já passaram de 50.


Outro trabalho que fiz foi o torneamento. Ver a madeira girar e ganhar curvas nas minhas mãos, é algo mágico (fiz umas 25 peças no torno, como pés de móveis, utensílios de cozinha, tigelas, jarros, taças e até piões).


Mais recentemente, me dediquei ao entalhe, tanto geométrico quanto figurativo. Eduardo Nohara foi minha inspiração, e o quem mais me ensinou essa arte. O som do formão cortando a madeira, a transformação do plano em relevo, tem um efeito terapêutico para mim. São horas de concentração que acalmam a mente e preenchem a alma.


Aventurei-me também na carpintaria residencial, construindo três telhados aqui na minha residência, na Grande Vitória / ES, e agora estou trabalhando numa estrutura bem maior e mais complexa (estou fazendo uma casa grande, 24 mts por 14 mts, no sítio, com toda a estrutura em madeira de eucalipto tratado/imunizado). E também na carpintaria naval (estou terminando um caiaque). São áreas que exigem mais planejamento e um bom tempo de estudo, mas que trazem uma enorme satisfação quando a obra está pronta e funcional.


A luthieria será o meu próximo passo, fabricar violões. Por enquanto estou só nos estudos, planejamento, aquisição de máquinas, moldes e gabaritos. Iniciarei neste desafio logo após terminar minha próxima embarcação.


Sempre que entro na oficina, deixo fora dela o peso do dia-a-dia, pois, como muitos desse hobby, trabalho num ambiente, às vezes, estressante – no Poder Legislativo Estadual. Entre ferramentas, o cheiro da madeira e a poeira, encontro sempre um espaço de “silêncio interior” que poucas outras coisas me proporcionam.


A frase não é toda de minha autoria, encontrei na internet e adaptei ao meu caso: Cada projeto concluído é uma vitória contra a ansiedade, um antídoto contra a pressa do mundo moderno, e uma satisfação e orgulho, gratificantes, de saber que eu que fiz.”


Por fim, o que considero ser muito gratificante, que adquiri, como praticante e divulgador dessa atividade, seja nas feiras, como a MEGA, ou pela internet mesmo, foi um bocado de amizades. Muitas das pessoas que conheci nesse meio fazem parte do meu dia-a-dia e da minha vida, espero que para sempre, e isso me alegra demais. “Quem não tem amigos, não é feliz.”


Forte abraço.


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Carlos Eduardo Casa Grande


Funcionário Público Estadual (ES), e Marceneiro Hobbista



Esse artigo foi publicado na 3ª edição da Revista da MEGA Feira de Hobbismo

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